quarta-feira, 28 de abril de 2010

Não concordo com as Considerações feitas pela Bianca!

Leandro Pereira Tosta
email: leandropereiratosta@gmail.com


Olá meus caros,

Analisemos as referências bibliográficas! Nela podemos diagnosticar as definições de "crises de paradigmas", "cultura", "globalização" e "processos de massificação.
"Existem cerca de 460 mil índios no Brasil", "cerca de 350 mil vivem em centros urbanos ou próximos deles. "Apesar dessa proximidade com a cidade, eles mantêm ao máximo a cultura através da linguagem, da história, do artesanato, da dança e do cuidado com a saúde e a natureza (Maukus, 2008)".
Desse modo, creio que haja sim a globalização também presente na aldeia indígena, mas vejo possibilidade de afirmar que a globalização rompe com os paradigmas da aldeia Tenondê Porã, diferente do afirmado pela colega Bianka.

Conclusão Final!

Pode-se analisar que a existência da Globalização, ainda fenômeno mundial, e tendo em mente as definições de crises de paradigmas, não é responsável pela “crise de paradigmas” na aldeia Tenondê Porã.

A questão da modernização é presente na aldeia. Pode-se verificá-la por meio do uso de celulares, computadores e até mesmo práticas educacionais modernas.

As dinâmicas sociais estão presentes na aldeia, porem não se deve a “globalização” o fato principal das mesmas.

A própria dinâmica dos residentes da aldeia debastam o desenvolvimento original: construção de casas de alvenaria, escolas com professores contratados, uso de vestimentas etc. Porém a essência dos cultos, danças e língua são preservados, o que condiz com as definições de cultura.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Algumas considerações e conclusões

Algumas Considerações Finais

Por Ana Torres

As origens culturais da tribo são conservadas por meio da linguagem, danças, rituais religiosos, dos acontecimentos históricos falados e da educação baseada na tradição Tupi. O uso de celulares por alguns líderes da aldeia, vestimenta, rádio, televisão e internet mostram a modernização pelo qual a aldeia passou, intensificada com a criação da FUNASA e FUNAI, o que não impediu a “preservação da cultura”.

Por um lado, há uma percepção de que a tradição indígena e suas origens culturais não são alteradas em decorrência da “globalização de mercado”. A modernização pode influenciar o comportamento primitivo, mas não alterar as fundamentações Guaranis. Um outro ponto de vista aposta no fenômeno da globalização como grande influente, que implicaria na atuação de um processo de homogeneização cultural global, com uma nivelação de diferenças leve e disfarçada.

A questão modernização é presente na aldeia – há, por exemplo o uso de celulares, computadores e até mesmo práticas educacionais modernas. Há, entretanto, uma tentativa de conciliação da tecnologia inovadora com a mais tradicional cultura preservada até os dias de hoje.


Conclusão

Por Bianka Nani

Portanto, uma conseqüência direta da crise de paradigmas é a “globalização”. Esta, como visto, originou-se principalmente da necessidade das empresas ocuparem espaços estratégicos nos “grandes mercados”, se beneficiando das vantagens locacionais para produção e distribuição dos produtos.

A globalização está presente no cotidiano das populações do mundo inteiro, e essa tendência foi o que pretendíamos analisar na aldeia Tenondê Porã.

Dessa forma, percebe-se que do ponto de vista dos direitos humanos, um aspecto positivo seria a comunicação, já que atualmente muitos casos de violação dos direitos humanos são resolvidos através de denúncias mediáticas. Podemos citar o fato dos índios da aldeia possuírem a pretensão de aumentar o espaço para o cultivo e a sobrevivência.

No entanto, do ponto de vista cultural, a troca de informação aumentou e causa na aldeia um impacto negativo, pois acarreta na massificação, standardização e a uniformização cultural, ou seja, provoca a perda da identidade cultural.

Apesar disso, observamos o esforço que os moradores da aldeia possuem para manter alguns traços da cultura original e passá-la para as gerações posteriores, apesar da globalização que pode ser vista pelo uso da internet e de e-mails para a comunicação com visitantes, e ainda eles receberem turistas estrangeiros para conhecer a região. Além da modernização, que é uma forma de adaptação com as novas condições e estrutura de vida em um meio urbanizado.

Outro fato que podemos aplicar ao nosso cotidiano, seria as inovações tecnológicas, sociais, políticas e econômicas que estão crescendo num ritmo cada vez mais acelerado e nós precisamos acompanhar esse crescimento para não tornarmo-nos obsoletos, e isso é inclusive um grande problema na proposta de grade curricular nas universidades.

A Globalização e a Etnogênese

por Leandro Pereira Tosta

email: leandropereiratosta@gmail.com

As definições políticas induzem a generalização de que a globalização implicaria em um processo de homogeneização cultural global, onde as diferenças seriam niveladas por uma espécie de “ética liberal”, responsável pela domesticação de determinadas práticas culturais consideradas condenáveis pelo estabelecimento da “nova ordem mundial”. Fala-se em “imperialismo cultural” como formas disfarçadas de uma espécie de um “Estadunização Mundial”. A verdade é que muitas prática culturais ainda são intensamente seguida entre diversos grupos étnicos atuais, com toda a força de uma tradição local (Barbosa 1995). Denomina-se tal processo de “Etnogênese”.

O movimento de reafirmação étnica de grupos indígenas locais é acompanhado de um intenso processo de reelaboração cultural com base na modernização. Trata-se de uma luta simbólica pelo reconhecimento étnico que vem sendo objeto da atenção de antropólogos, historiadores, do público em geral, bem como das autoridades responsáveis, tanto pela forma com que vem se desenvolvendo este processo, como pelo que representa no sentido de romper com alguns pressupostos e tradições estabelecidas.

Alavancados por uma série de mudanças ocorridas na política indigenista nacional, sobretudo a partir da década de 70 (promulgação da Lei 6001 de dezembro de 1973 que se tornou conhecida como "Estatuto do Índio"; a criação do Conselho Indigenista Missionário (órgão ligado à CNBB) e da União das Nações Indígenas - UNI em 1980), vários grupos que até então eram designados pela população regional como

"caboclos" passaram a reivindicar ao órgão oficial de assistência às populações indígenas - FUNAI - o reconhecimento como grupo indígena com direitos constitucionais estabelecidos.

Uma série de grupos de diversos Estados iniciou, muitas vezes auxiliados por agentes e agências ligadas à causa indígena, um processo de retomada de práticas tidas como “tradicionais”, como a produção artesanal; práticas rituais e, principalmente, a utilização de um idioma próprio ou de um vocabulário com termos específicos para designar determinados itens de sua cultura material. Este movimento resulta de um intenso intercâmbio cultural, principalmente no campo ritual - entendido como sistema de práticas, representações e de objetos - que se deu paralelamente ao agenciamento político na resolução de seus problemas, sobretudo fundiários (Barbosa, 1995).

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Blogs da turma!

Olá pessoal!

Estive observando o blog do pessoal e vou fazer uma resumida aqui do que esta acontecendo!!

=)


Como iremos comentar o Blog das Enchentes quarta-feira, não colocarei aqui por enquanto as minha observações, logo após a apresentação eu posto!



Blog – Divulgação Científica

1. Exposição do processo de trabalho no blog (periodicidade e frequência de posts pelos membros do grupo)

- Membros do grupo: Não foi localizado caracterização dos membros da equipe;
- Total de posts no Blog: 30 posts
- Frequência de posts: A frequência com que os posts são feitos é grande, chegando a ter mais que um por semana;
- Por não haver especificação dos membros do grupo não é possível afirmar que todos os integrantes do grupo postam.


2. Qualidade das pesquisas e das análises das fontes

- Há a exposição de diferentes fontes sobre o assunto;
- Citaram o Sabina, local muito interessante destinado a divulgação científica a todos os públicos;
- Revistas destinadas a divulgação científica;
- Blog bem interativo e organizado;
- Mostram diferentes meios de divulgação científica.


3. Sugestões

- Especificar os integrantes do grupo;
- Colocar em prática o sugerido pelo grupo, o que seria divulgar nas escolas estações de ciências (como o Sabina por exemplo)
- Não apenas divulgar mas mostrar para as pessoas que a ciência não é algo inacessível e que todos podem praticá-la, direta ou indiretamente.
- .




Blog – Elitização do Ensino Público

1. Exposição do processo de trabalho no blog (periodicidade e frequência de posts pelos membros do grupo)

Membros do grupo: Lais Bertunes, Igor Rando, Vitor Carnietto, Lucas, Felipe Passoto Teixeira Felix, Denise Volponi.
Total de posts no Blog: 25 posts
Frequência de posts: A periodicidade de posts no blog é alta, tendo no mínimo um post a cada 4/5 dias;
Há a participação de todos os membros no blog.

2. Qualidade das pesquisas e das análises das fontes

Várias fontes de pesquisas são citadas no blog;
Falam sobre a Situação do Ensino Brasileiro;
Educação a distância é citada no blog;
O ingresso nas universidades;
Os problemas da rede pública de ensino são citadas;
Investimentos públicos na educação;
Privatizações;
Vários problemas na educação na brasileira são citadas no blog a partir de pontos de vista diferente, o que dá um diferencial ao blog, além da opinião dos integrantes do grupo.

3. Sugestões

Pesquisar a realidade dos alunos da UFABC e verificar se há disparidades na aprendizagem após o ingresso na universidade, ou seja, se há diferenças em relação as notas dos alunos cotistas e não cotistas. Além de informar dados sobre os alunos.

Blog – Impactos causados devido a construção da UFABC

1. Exposição do processo de trabalho no blog (periodicidade e frequência de posts pelos membros do grupo)

Membros do grupo: Smiley, Leonardo, Laura, Emanuela, Marcelo, Yuri F
Total de posts no Blog: 15 posts
Frequência de posts: A periodicidade de posts no blog é média
Há a participação de todos os membros no blog.

2. Qualidade das pesquisas e das análises das fontes

Por não haver muitas fontes falando sobre o assunto o grupo acaba que por utilizar de fontes mais “alternativas” mas não de menor qualidade;
Citam a valorização imobiliária que ocorreu na região com a criação da UFABC;
Debate sobre as obras da UFABC foi muito bem relatado no Blog;
Blog muito dinâmico e interativo.

3. Sugestões
Conversar com a comunidade acadêmica sobre os impactos que a construção da UFABC causa aos envolvidos com a UFABC;
Conversar com a comunidade local e não acadêmica sobre os impactos que a universidade causou na região.

Blog – Mecanização x Trabalhadores

1. Exposição do processo de trabalho no blog (periodicidade e frequência de posts pelos membros do grupo)

Membros do grupo: não há especificação de membros
Total de posts no Blog: 28 posts
Frequência de posts: A periodicidade de posts no blog é alta
Por não haver especificação de membros da equipe não podemos afirmar que há a participação de todos os membros da equipe

2. Qualidade das pesquisas e das análises das fontes
Várias fontes de pesquisa são citadas no blog;
Visão imparcial nos posts
Diferentes pontos de vista são abordados no blog, o que da a sensação de imparcialidade e estimula o pensamento critico do leitor;
Roteiro de perguntas para a entrevista muito bem feito, estimulando a curiosidade do leitor.

3. Sugestões
Identificar os membros da equipe no blog;
Colocar mais vídeos e imagens para equilibrar o blog pois esta com muitos textos, textos interessantíssimos porém longos o que pode causar o desinteresse do leitor.

Blog – Muro: Conflito Social

1. Exposição do processo de trabalho no blog (periodicidade e frequência de posts pelos membros do grupo)
Membros do grupo: não há especificação de membros
Total de posts no Blog: 24 posts
Frequência de posts: A periodicidade de posts no blog é alta
Por não haver especificação de membros da equipe não podemos afirmar que há a participação de todos os membros da equipe

2. Qualidade das pesquisas e das análises das fontes

Várias fontes de pesquisa são citadas no blog;
Tipos de muros;
Significados de muros;
Muros “invisíveis”;
Blog interativo e de fácil leitura.

3. Sugestões
Identificar os membros da equipe no blog;
As fontes muitas vezes acabam sendo vagas quando citam por exemplo “Estado de São Paulo”, especificar melhor de onde o conteúdo foi retirado pra facilitar o acesso do leitor a noticia original.


Blog – Preconcentury

1. Exposição do processo de trabalho no blog (periodicidade e frequência de posts pelos membros do grupo)
Membros do grupo: Marcos A Duarte, André Silva, Vinicius, Marcelo, Tarsila Birais, Felipe AV, Felipe Aragusuke, Camila Nakamura, Trevis.
Total de posts no Blog: 32 posts
Frequência de posts: A periodicidade de posts no blog é alta
Todos os membros da equipe postam no blog.



2. Qualidade das pesquisas e das análises das fontes
Várias fontes de pesquisa são citadas no blog;
Os diferentes tipos de preconceito são abordados pelo grupo;
Conceitos sobre o que é preconceito;
O grupo aborda de maneira muito clara várias tipos de preconceito e vários grupos que sofrem preconceitos.





Blog – Rivalidade no Futebol

1. Exposição do processo de trabalho no blog (periodicidade e frequência de posts pelos membros do grupo)
Membros do grupo: Ariana Pimentel, Gabriela Neves, Léo, Paulo Seravalli, Roger
Total de posts no Blog: 30 posts
Frequência de posts: A periodicidade de posts no blog é alta
Todos os membros da equipe postam no blog.


2Qualidade das pesquisas e das análises das fontes.
Várias fontes de pesquisa são citadas no blog;
Rivalidade nos jogos;
Torcidas organizadas;
O blog tem matérias sobre as tão famosas rivalidades entre as torcidas de futebol, retratando muito bem o cárater de rivalidade existente;
Blog interativo e de fácil leitura.


3. Sugestões
Tentar entender através de entrevistas qual a motivação para as brigas entre as torcidas, tentar compreender o grau de importância do time na vida de um torcedor “fanático”.





Blog – Trânsito

1. Exposição do processo de trabalho no blog (periodicidade e frequência de posts pelos membros do grupo)
Membros do grupo: Danielle, Pedro, Maria Marta, Sayuri, Sah, Natália Monaco, Ricardo Cezar, Rodrigo
Total de posts no Blog: 29 posts
Frequência de posts: A periodicidade de posts no blog é alta
Todos os membros da equipe postam no blog.


2. Qualidade das pesquisas e das análises das fontes
Várias fontes de pesquisa são citadas no blog;
Há especificações de fontes;
O grupo tenta relatar quais as melhores formas de transporte para se amenizar os grandes problemas de trânsito que uma cidade do porte da cidade de São Paulo sofre;
Relatam alguns índices, dentre eles de assaltos, congestionamentos etc;
Blog de bem fácil leitura.


Sugestões
- Tentar verificar se os meios utilizados pelo governo para se amenizar o trânsito estão sendo suficientes e efeicientes




Blog – UFABCultura

1. Exposição do processo de trabalho no blog (periodicidade e frequência de posts pelos membros do grupo)
Membros do grupo: Angélica Mine, Vanessa Morbidelli, Giovana, Alexandre Kulpel, Daniel Molina
Total de posts no Blog: 26 posts
Frequência de posts: A periodicidade de posts no blog é alta
Todos os membros da equipe postam no blog.


2. Qualidade das pesquisas e das análises das fontes
Várias fontes de pesquisa são citadas no blog;
Há especificações de fontes;
O grupo tenta focar nos tipos de cultura e da maneira em que elas podem ser abrodadas dentro de uma universidade;
Abrangem também alguns grupos culturais já existentes dentro da UFABC


3. Sugestões
- Promover os grupos culturais já existentes e ajudar a formar novos grupos culturais na Universidade Federal do ABC
.



domingo, 25 de abril de 2010

visita a aldeia Tenondê Porã

De acordo com a entrevista que fizemos com o coordenador das visitas a aldeia Tenondê Porã, a mesma possui cerca de 26 hectares para mais de 800 pessoas, com 110 casas de alvenaria que foram feitas a partir de uma parceria com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), entretanto ainda é possível ver algumas casas feitas a partir de emaranhado de barro e madeira (pau a pique).

Nas terras da aldeia Tenondê Porã ainda há o Centro de Educação e Cultura Indígena (CECI) para crianças de até 6 anos com monitores indígenas que apóiam sua cultura através de danças, cantos, lendas, artesanatos, historias, etc. e também há uma escola estadual para o estudo do 1º e 2º grau, sendo que do 1º ao 4º ano as crianças possuem professores indígenas e do 5º ano em diante com professores não indígenas (jurúas). Há um posto de saúde que funciona de segunda-feira a sexta-feira; segundo os próprios índios, os médicos respeitam a cultura deles, tanto que quando um índio adoece primeiramente é levado ao pajé (curandeiro da aldeia) e apenas se o mesmo permanecer doente é que ele é levado ao posto de saúde.

Com as escolas dentro da aldeia alguns índios passaram a almejar entrar na faculdade, mas os mais velhos dizem que eles não devem se esquecer de sua cultura e de onde vieram e, também, devem voltar à aldeia para que possam ajudar a comunidade.

Os órgãos governamentais como a Fundação Nacional dos Índios (FUNAI) e Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) não são tão presentes quanto se era esperado. Segundo Elísio, a FUNAI - pouco presente na aldeia - lida apenas com a demarcação de terras e com o sensu da aldeia, já a FUNASA - muito mais presente na aldeia - ajuda na medicação, na contratação de equipes tanto de médicos quanto de professores/monitores, no saneamento básico, na reforma das casas, na água encanada, na luz, etc. Apesar dessa modernização que chega à aldeia, os índios preservam a sua cultura há 500 anos desde a chamada “descoberta” do Brasil.

Atualmente, a aldeia tenta aumentar a área de seu território, mas eles estão encontrando problemas em relação a isso, pois, atualmente, há muitas chácaras ao redor da aldeia, sendo que há 20 anos elas não existiam. Talvez, ocorra a compra de um terreno para formar uma nova aldeia, mas isso é apenas uma possibilidade.

A aldeia mantém contato com outras aldeias através de trilhas feitas na mata, tanto que há uma trilha que os leva de Parelheiros a Itanhaém (baixada santista) e segundo os entrevistados, essa trilha é feita regularmente até com turistas com disposição para a caminhada de 6 horas.

De acordo com as observações feitas no decorrer do trabalho foi possível perceber que a aldeia Tenondê Porã preserva a sua cultura, adaptando-se a algumas coisas como a escola, a internet, o posto de saúde, etc.

Por Camila Miranda
(Revisado por Ana Torres)

domingo, 18 de abril de 2010

19 de abril - Dia do Índio!!!



Amanha dia 19 de abril é o dia do índio, esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, pois neste ano foi realizado no México, o Primeiro Congresso indigenista interamericano. No entanto, nos primeiros dias do evento os líderes indígenas nao apareceram, pois estavam preocupados e temerosos, já que a séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados.

Mas após algumas reuniões e reflexões, eles resolveram participar, e entenderam a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como dia do índio. Durante esse Congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos índios na América.

O museu do índio no Rio de Janeiro já iniciou suas comemorações com atividades gratuitas e leva mais de 200 visitantes ao evento. A programação começou hoje (17/04) e vai até 25 de abril. A programação completa pode ser encontrada em : http://www.museudoindio.gov.br/.
no twitter: http://twitter.com/mudeudoindiorj

Pequeno histórico:

Em 1500, quando os portugueses chegaram ao Brasil, estima-se que haveria aqui cerca de 6 milhões de índio.Passados os tempos de matança, escravismo e catequização forçada, atualmente há cerca de 280 mil índios no Brasil. No total, quase 12 % do território nacional pertence a índios.

Hoje em dia, o número de índios no Brasil e na Amazônia está aumentando cada vez mais, cerca de 3,5 % ao ano, superando a média nacional que é de 1,5 % ao ano. Em melhores condições de vida, alguns recuperaram sua auto-estima, reintroduziram os antigos rituais e aprenderam novas técnicas, como pescar com o anzol.

Muitos já voltaram para a mata fechada com uma grande quantidade de crianças índigenas. " O fenômeno é semelhante ao baby-boom do pós-guerra, em que as populações, depois da matança geral, tendem a recuperar as perdas reproduzindo mais rapidamente", diz a antropóloga Marta Azevedo, responsável por uma pesquisa feita pelo Núcleo de Estudo em Populações da Universidade de Campinas. Mas o maior desafio é manter viva sua riqueza cultural

Para terminar a postagem, um provérbio indígena:

"Somente quando for cortada a última árvore, pescado o último peixe, poluído o último rio, é que as pessoas poderam perceber que não podem comer dinheiro."








sábado, 17 de abril de 2010

Guia para orientar a "entrevista"

Bom, esse guia foi feito pelo Leandro e eu apenas arrumei o nome da aldeia. Devemos pensar em como fazer essas perguntar sem parecer uma entrevista.


I. Qual o número atual de habitantes da aldeia?

Nessa questão, procuramos nos informar sobre os “números” atuais do povo indígena da região em análise. Devemos no interagir mais informalmente para burlar as conseqüências de uma entrevista onde o entrevistado pode se enxergar acuado pelo “questionamento-tabu” (Vide texto postado no blog, sobre tais conseqüências)

II. Há escola e posto de saúde na aldeia?

É necessário nos informar sobre os aspectos educacionais da tribo. Saber sobre as metodologias aplicadas às crianças. Na segunda parte da questão, gostaríamos nos informar sobre a infraestrutura utilizada na aldeia.


III. O que é ensinado, da cultura local, na escola Guarani?

Aqui, procuramos nos informar do aspecto conteudístico que são ensinados às crianças. Almejamos nos orientar a respeito dos “símbolos” culturais. Eles são repassados em escola? A língua é preservada no ato da educação? É motivado o prosseguimento dos estudos?

IV. Em entrevista divulgada na mídia, o representante da aldeia cita que “globalização é compartilhar com diferença!”. Qual o significado de tal afirmação sob a visão do povo Tenondé Porã?

Gostaria de podermos ficar a par do conceito de “globalização” vinculado por eles em entrevista no youtube. Se conseguirmos compreender objetivamente o conceito, talvez, conseguiremos questionar outros tópicos ainda sobre este assunto.

V. Qual a melhor e a pior qualidade da “globalização”?

Tal questionamento pode orçar novas evidências ainda sobre a questão anterior. É questão de análise posterior!

VI. É possível manter as raízes da tradição Guarani em um mundo “globalizado”?

Outra questão para orçar evidências. Tais questões são passíveis de interpretação. Depois é necessário passar por um crivo histórico etnológico. Será necessária uma análise histórica dos povos Guaranis. Vamos estudar o caso do “fator histórico” que as gerações guaranis foram submetidas. Não é possível inferir “modernidade” ou “globalização” se a natureza do povo Guarani for de adaptação cultural forte ou super conservacionista. Os extremos devem ser descartados caso haja descrição literária do mesmo.

VII. Faz-se uso de televisão na aldeia? Qual a representação da “televisão” no cotidiano indígena? Modernidade ou globalização?

Aqui, desejamos rever o tópico levantado em sala de aula: Modernidade x Globalização. Vamos analisar, segundo a aldeia Tenondé Porã, qual é a visão sobre o tema. É melhor registrar por meio do depoimento dos índios para evitarmos “desvios” com relação à visão de cunho “senso-comum”.

VIII. Qual a perspectiva de futuro para o povo Tenondé Porã?

Gostaríamos de saber as perspectivas do povo Tenondé Porã. Saber os caminhos que oferecem às crianças: o futuro da aldeia e a preservação da cultura sejam eles por meio da língua, das crenças religiosas, organizações políticas, educação das crianças etc.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

A Entrevista: Guia de Orientações de Coleta e Interpretação de Dados

por Leandro Pereira Tosta

email: leandropereiratosta@gmail.com.br

A entrevista é um processo de interação social entre duas pessoas na qual uma delas, o entrevistador, tem por objetivo a obtenção de informação por parte do outro, o entrevistado. As informações são obtidas através de um roteiro que enfatize a problemática e deve ser seguido com cautela devido a possíveis variáveis que serão descritos ao longo deste texto.

O processo de interação para que haja ocorrência de uma entrevista formal contém quatro componentes que são resumidamente explicitados:

a) O entrevistador

b) O entrevistado

c) A situação da entrevista

d) O roteiro da entrevista

Devem-se minimizar as possibilidade de desvios através de mecanismos de controle que poderão ser vinculados (vício amostral). Nenhum dos elementos supracitados faz sentido se desvinculados de um sistema que os contenha.

Além dos elementos citados, deve-se tomar nota dos seguintes itens:

a) A objetividade deve ser perseguida

b) Procurar a leitura do real (leitura epistemológica também chamada de “visão weberiana”

Em uma entrevista, a fonte de possíveis desvios se localiza tanto nos fatores externos ao observador (roteiro, informante e entrevistado) quanto na situação interacional entre o entrevistador e o entrevistado que se originam na pessoa do pesquisador que pode exercer, no universo de uma entrevista, o papel de coator seletivo ou coator omitivo dos dados.

Com relação aos desvios do informante, é preciso distinguir, entre as informações objetivas e subjetivas, as que foram omitidas durante a entrevista. Ambas são importantes. Deve-se ter em mente que tais informações são percepções do falante, do entrevistado.

As informações “subjetivas” podem ser fruto do estado emocional, das opiniões, das atitudes e dos valores que devem ser confrontados ou complementados com comportamentos passados ou expressões não verbais.

O ponto chave no controle de qualidade dos dados em todos os casos situa-se no uso sistemático de dados de outras fontes relacionadas com o fato observado a fim de que se possa analisar a consistência das informações e sua validade.

Os aspectos que podem interferir na qualidade dos dados por parte do informante são citados:

a) Motivos ulteriores (potenciais de influência em situações futuras)

b) Quebra de espontaneidade

c) Desejo de agradar o entrevistador

d) Fatores idiossincráticos (fatores ocorridos no intervalo das entrevistas)

Alguns fatores podem influenciar no ato da entrevista, pois podem causar desconforto ao entrevistado. Seguem descritas:

1) As entrevistas podem representar situações psicológicas novas ao entrevistador. Assim ele pode não perceber como se “comportar objetivamente”

2) Alguns entrevistados podem não gostar da natureza “autoritária” do relacionamento entre ele e o entrevistador.

3) Alguns entrevistados podem “perceber” a entrevista como uma armadilha para “fazê-los falar” sobre coisas e pessoas que podem comprometê-lo.

4) Alguns pesquisadores (principalmente os vinculados às universidades) são percebidos como indivíduos sofisticados e de alta educação, o que pode gerar uma “reação de defesa” por parte do entrevistado.

Além das “falhas por cometimento”, devem-se considerar as “falhas por omissão” que podem ocorrer tanto da parte do entrevistador quanto de entrevistado. As omissões são percebidas caso haja comparações com outros resultados de entrevistas já discutidas e apuradas na literatura.

Referência

Haguette, T.M.F., Metodologias Qualitativas na Sociologia, Editora Vozes, ed. 11, p.86-105, Petrópolis-RJ, 2007.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Conversa com a professora

Após a aula Natalie e eu ficamos na sala para conversar com a professora sobre a autorização para irmos à aldeia.

A professora explicou que como a comunidade a se estudada é a indígena para ser feito uma pesquisa com entrevista, fotos, vídeos, etc., nós precisaríamos de uma autorização da FUNAI e fazer todos os tramites legais. Tudo isso demandaria um tempo que nós não possuímos. Ela sugeriu que fizéssemos uma visita a esta comunidade sem levarmos câmeras ou papéis de anotação (anotar as coisas em frente à pessoa que você conversa intimida). Assim, seria feita outro tipo de “autorização”.

No período da tarde fui conversar com o Alexandre e com a professora, e “fizemos” (eu não fiz nada e sim eles) um novo pedido que será encaminhado ao email do grupo, onde precisaremos assinar e enviar a aldeia.

No fim da aula da tarde perguntei a ela se quando fossemos postar no blog poderíamos dizer que fomos a aldeia e vimos tais e tais coisas, mas ela acha melhor fazermos uma reunião com ela antes e discutirmos sobre o que devera ser postado ou não.
Bom, acredito que seja apenas isso. Agora só precisamos decidir o dia para irmos a aldeia, ok?

Att,

Camila

Perguntas e comentários feitos em aula.

Aqui segue os comentários feitos em sala que serão respondidos através dos comentários. Não tenho o nome dos grupos e das pessoas que fizeram estas perguntas/comentários (sou péssima de memória). Qualquer pergunta/comentário pode ser colocado como comentário e posteriormente será respondido.

- Se com os índios mais afastados da metrópole ocorre esse processo de modernização e globalização?

- Não são apenas os índios que foram devastados.

- O grupo está uma linha tênue entre globalização e modernização e devem ser cautelosos quando forem tirar conclusões.

- O significado de terra para os índios não é o mesmo para nós.

- Se ainda há o compartilhamento de bens entre os índios.

- Uma sugestão de filme seria a “Terra vermelha” e de livro seria “Globalização” do Milton Santos.

- “Foi comentado sobre a globalização, que deve-se saber viver com outras culturas. Mas, na nossa sociedade existe muita luta pelo poder e adquirir o domínio público sobre outras culturas, intervenção em outros estados, o maior exemplo disso é a monopólio dos EUA. Existe na globalização do mundo indígena essa luta pelo poder ou alguma monopolização?” (Fábio Dias – grupo enchentes)

Peço ao meu grupo que respondam todas as perguntas/comentários.

Att,

Camila

terça-feira, 6 de abril de 2010

Blog Mecanização x Trabalhadores

Olá pessoal!

Bom apesar da pequena confusão em descobrirmos qual blog iriamos comentar enfim descobrimos o blog certo..."Mecanização x Trabalhadores".
Dei uma boa lida no log e o blog realmente esta excelente! Vale a pena todos lerem!!
O roteiro postado pelo monitor Alexandre no blog da professora serviu de modelo para as anotações das nossas observações!


Por enquanto é só!
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Resenha de “Cultura, um conceito Antropológico”

O texto que se segue é uma pequena resenha de um grande clássico da literatura nacional sobre o tema de “Culturas” sob diversos conceitos. Serão mostrados alguns conceitos sob a óptica de deferentes períodos históricos da sociedade. Desde s primeiros pensadores do tema até o desenvolvimento da ciência como metodologia.

Conceitos Clássicos sobre Cultura

A origem do ato de se “culturalizar” é remota. Data desde o surgimento da comunicação como ferramenta de sobrevivência e melhoria da adaptabilidade do organismo ao meio em que se insere.

Heródoto, século V antes de Cristo, já se preocupava com o tema quando escreveu sobre os Lícios:

“Eles têm um costume singular pelo qual diferem de todas as nações do mundo.

Tomam nome da mãe e não do pai...difere dos costumes de outras partes e de outros povos.”

Seguindo um processo de compreensão das diversidades sociais, Montaigne (1533-1572) escreveu:

“na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra.”

Como exemplo da diversidade segue o exemplo. A carne de vaca é proibida aos hindus, da mesma forma que a de porco é interditada aos muçulmanos. O nudismo é uma pratica normal em certas partes da Europa enquanto em alguns países islâmicos, sob orientação xiita, seria uma assinatura à severas punições apenas pelo fato de mostrar o semblante em público.

Determinismo Biológico

Raça humana não existe. Por meio da análise de registros fósseis é possível inferir o curto período de tempo que a espécie humana se colocou no cenário biológico. Na há mais que 2 milhões de anos de amplitude entre o surgimento de “homens primitivos” e a sociedade moderna. Estima-se que socialmente organizada a comunidade humana não tenha mais que 50 mil anos.

Sendo o conceito biológico de “raça” ligado à radiação de uma determinada espécie e distinta por vários fatores “naturais” interpretados como fatores de evolução (tempo, disposição geográfica, diferenciação morfológica etc), não é possível inferir que haja mais de uma espécie humana. Humanos, como veremos adiante, compartilham de diferenças ligadas a pequenas modificações influenciadas pela natureza. As análises modernas de DNA não evidenciam resultados de diferenças entre os organismos que compõe a espécie humana.

Mas, historicamente, se afirma que algumas variáveis podem influenciar no desenvolvimento “cultural” (que mais tarde será definido sob a luz do assunto tratado a seguir) tais como “fatores biológicos” e “fatores geográficos”.

Os antropólogos estão convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais.

Segundo Felix Keesing, “não existe correlação significativa entre a distribuição das caracteres genéticos e a distribuição dos comportamentos culturais.

Segue um pequeno grifo sobre parágrafos redigidos pela UNESCO logo após o fim da Segunda Guerra Mundial:

“10. Os dados científicos de que dispomos atualmente não confirmam a teoria segundo a qual as diferenças genéticas hereditárias constituíram um fator de importância primordial entre as causas e diferenças que se manifestam entre as culturas e as obras das civilizações dos diversos povos e grupos étnicos...as diferenças se manifestam pela ‘história cultural’ de cada grupo...”

“15.

b) No estado atual de nossos conhecimentos, não foi ainda aprovada a validade da tese segundo a qual os grupos humanos diferem uns dos outros pelos traços psicologicamente inatos, quer se trate de inteligência ou temperamento...”

A espécie humana se diferencia anatômica e fisiologicamente através do dimorfismo sexual, mas não há evidências biológicas que comprovem que as diferença de comportamentos existente entre pessoas sejam determinadas biologicamente.

Determinismo Geográfico

O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural.

Um exemplo de tal pensamente se dá em 1915 com Huntington em Civilization and Climate na qual compara as relações entre a latitude e os centros de civilização, considerando o clima como um fator importante na dinâmica do progresso.

Porém 1920 houve a refutação com Boas, Kroeber e Wissler. Segundo as idéias dos citados “é possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico”.

É consenso inferir a admissão da “ação mecânica das forças naturais sobre uma espécie tão receptiva”. Pois, diferentes características ambientais conferem diferentes mecanismos de lida com o mesmo a fim de melhor adaptação.

A grande qualidade da espécie humana foi a de romper com as próprias limitações ao seu redor.

Conceito de Culturas

Edward Tylor (1832-1917) confere ao significado de Culture “um complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.

Porém historicamente já havia a preocupação com tal definição.

John Locke (1632-1704) propõe, ao escrever “Ensaio Acerca do Entendimento Humano”, que a mente humana não é mais do que uma caixa vazia em detrimento do nascimento. Os hábitos eram adquiridos por meio de um processo denominado endoculturação

Já Marvin Harris (1969) completa o pensamente de Locke:

“Nenhuma ordem social é baseada em verdades inatas, uma mudança no ambiente resulta numa mudança no comportamento”

Jacques Turgot (1727-1781) sobre o tema, afirma:

“...o homem é capaz de assegurar a retenção de suas idéias erudita, comunicá-las para outros homens e transmiti-las para seus descendentes como uma herança sempre crescente.”

O que diferencia o ser humano dos outros organismos multicelulares é a possibilidade de comunicação oral e a capacidade de fabricação de instrumentos capazes de tornar mais eficiente a homeostase em relação ao ambiente biológico.

“As instituições humanas, como grupos definidos, são tão distintamente estratificadas quanto a terra que o homem vive”. Tais diferenças se sucedem em séries uniformimente sobre o globo, independente da origem ou linguagem. Tal acontecimento é dirigido por condições do ambiente e do fator histórico. Tal segundo Roque Laraia.

Boas escreve sobre o citado acima, dotando a conseqüência como fato de que cada cultura segue caminhos particulares devido as tais “fatores históricos” acumulados.

“O homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado. Ele é um herdeiro de um longo processo acumulativo que reflete o conhecimento e a experiência adquirida pelas numerosas gerações que o antecederam”. Afirma Kroeber.

Abaixo segue um apanhado resumido dos estudos de Kroeber que nos auxiliam na compreensão do tema:

a) A cultura é mais que uma herança genética, determina o comportamento do homem e justifica as suas realizações.

b) O homem age de acordo com os seus padrões culturais.

c) A cultura é um meio de adaptação aos diferentes ambientes ecológicos. Molda as ferramentas para suportar a pressão que o meio exerce.

d) O homem é capaz de transpassar as barreiras do ambiente devido a endoculturação.

e) Adquirindo cultura, o homem passou a depender muito mais do aprendizado adquirido do que as ferramentas geneticamente transmitidas.

f) A cultura é um processo cumulativo resultante das experiências anteriores.

A comunicação e a maior variável do processo cultural. A linguagem é um produto da cultura, mas não existiria cultura se o homem não tivesse a possibilidade de desenvolver um sistema articulado de comunicação oral.

Conceitos Modernos sobre Cultura

Após diversas reformulções sobre conceitos de Cultura, os antropólogos modernos sintetizaram aquilo que se acredita, hoje, como sendo uma evidência de grande peso em direção a uma verdade menos refutável. E segue:

a) Culturas são sistemas (de padrões e comportamentos socialmente transmitidos) que servem para adaptar as comunidades humanas aos seus embasamentos biológicos. Tal modo de vida inclui tecnologias e modos de organização econômica, padrões de estabelecimento, de agrupamento social e organização política, crenças e práticas religiosas etc.

b) A mudança cultural é primordialmente um processo de adaptação equivalente à seleção natural.

c) A tecnologia, economia de subsistência e os elementos da organização social diretamente ligada à produção constituem o domínio mais adaptativo da cultura.

d) Os componentes ideológicos dos sistemas culturais podem ter conseqüências adaptativas no controle da população, da subsistência, da manutenção do ecossistema e outros.

Estudar a cultura passa a ser um estudo de símbolos partilhados pelos membros dessa cultura.

A Cultura sob a Visão Subjetiva

Ruth Benedict escreveu em “O Crisântemo e a Espada” que a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Portadores de culturas diferentes usam lentes diversas e, deste modo, possuem visões diferentes e desencontradas sobre os entes naturais.

A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria de uma dada comunidade.

O fato de que o homem vê o homem sob uma dada perspectiva de sua cultura, tem como conseqüência a propensão em considerar o seu modo de vida mais correto e o mais natural. Essa tendência, etnocentrismo, é responsável em muitos casos extremos pela ocorrência de inúmeros conflitos sociais. O etnocentrismo é universal.

Comportamentos etnocêntricos resultam em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogados como absurdas, deprimentes e imorais.

Referência

Laraia, R.B., Cultura um conceito antropológico, Ed. Zahar, 19º ed., Rio de Janeiro, 2006.

domingo, 4 de abril de 2010

Para tomar melhor conhecimento da realidade e da história da aldeia Tenondé Porã, coloco a seguir trechos de um depoimento de Timóteo Verá Popyguá, “Em vez de desenvolvimento, envolvimento”, recolhido e editado por Valéria Macedo em maio de 2006. O entrevistado destaca a construção da represa Guarapiranga em seu discurso, e, ainda, demonstra a preocupação que tinha com as obras do Rodoanel. Deixa sua opinião quando o assunto é globalização e revela sua incessante luta para manter os costumes e preservar a cultura de seu povo. Está disponível em http://pib.socioambiental.org/pt/c/no-brasil-atual/narrativas-indigenas/depoimento-popygua.

Algumas considerações de Valéria Macedo

“Vivendo apartadas, mas não raro muito próximas de cidades ou rodovias, populações Guarani no sul e sudeste do Brasil são freqüentemente associadas pelo senso comum à “mendicância” e “aculturação”.
Desde que passou a habitar a aldeia Tenondé Porã, em 1983, Timóteo acompanhava o então cacique (...), e é com reverência que Timóteo destaca as lutas e conquistas dos mais velhos no reconhecimento das terras guarani no estado de São Paulo. Hoje Timóteo e outras lideranças procuram dar curso a esse processo, lutando pela ampliação dessas terras, cujas áreas diminutas em boa parte foram reconhecidas pelo governo estadual em período anterior à Constituição Federal de 1988.
(...) A despeito de ser contrário à idéia da mistura ou da assimilação ao mundo dos brancos, Timóteo sugere nesse depoimento que investir na afirmação da singularidade guarani por meio de projetos e produtos culturais parece ser hoje a única maneira de manter o modo de vida num mundo em que os Guarani se vêem cada vez mais acossados pela expansão das cidades e a interdição de terras por propriedades privadas ou áreas de proteção ambiental com restrição de uso.(...)
Particularmente no caso das aldeias de Parelheiros (Tenondé Porã e Krukutu), a aprovação da construção do trecho sul do Rodoanel foi precedida por uma negociação extremamente desgastante. E, a despeito da promessa da Dersa de apoio financeiro para desapropriações que possam facilitar o processo de ampliação da Terra Indígena, Timóteo vê com receio os desdobramentos urbanísticos de uma estrada desse porte na região de mananciais, preocupando-se não apenas com os Guarani, mas com todos que dependem do abastecimento de água na cidade de São Paulo.
É possível reconhecer nesse caminho muitos obstáculos e encruzilhadas. Mas essa parece ser a busca de Timóteo: exacerbar formas da cultura para garantir o fluxo da vida.” (MACEDO, 2006)

Alguns trechos que selecionei do depoimento


“Minha tia, que morreu com 120 anos, morava na aldeia do Itariri no começo do século passado. Ela me contava que na subida pelo litoral, à margem do rio Capivari, tinha um descanso Guarani que chamava Guyra Pytã por causa de uma garça vermelha que morava por lá. Essa rota continuava até chegar no rio Pinheiros e subia pela margem até Bauru. Grupo de cinco, seis famílias ia pra Bauru e depois voltava. Então ela dizia assim que uma vez vieram de novo as famílias e, quando chegaram, ficaram assustadas: de repente tinha lago no Guyra Pytã. Ficaram muitos dias lá perto esperando a água baixar, mas nada da água baixar. Depois de muitos anos souberam que era a represa feita pelos brancos. Guyra Pytã virou Guarapiranga. Minha tia sempre contava essa história para mim.

Depois que fizeram a represa, Guarani não subiu mais. Só depois de 1930, quando concluiu a linha férrea Sorocabana, que começaram a vir por aqui. Ficava uma família um mês, dois meses, e voltava pra aldeia. Sempre andava. Em 1955 ficou uma família, não exatamente aqui, mais perto do trem. Na época chamava Vila Guarani. Depois chegaram mais famílias, e começou a ficar aldeia mesmo, em 1960, neste local. Começou a chegar bastante família, parentes do Paraná, e algumas do litoral sul e do litoral norte subiam até aqui e ficavam. Hoje cresceu bastante, com mais de 800 pessoas. Mas aqui sempre foi rota Guarani.
(...)
Até 1984 aqui não tinha luz, a gente vivia no escuro. Quando chegava a noite a primeira coisa que a gente fazia era ir na casa de reza. Quando foi instalar energia elétrica, começou a comprar televisão. Com isso, mudou bastante. Mas as coisas materiais são as coisas materiais, e a parte espiritual é o essencial que tem prevalecido no Guarani.
(...)
Eu tenho 37 anos, e quando eu bater a bota, eu sempre digo para os jovens que estão aqui: “vocês são o futuro da nação Guarani, vocês têm que se preocupar, manter a língua, manter a tradição, manter a cultura”. Também estudar, saber ler, mas não misturar. Por que água e óleo não se misturam, então porque não levar em paralelo conhecimento guarani e conhecimento juruá [branco]?
Hoje as crianças juruá são educadas pro mundo do mercado. Eu penso diferente, penso o contrário, que o jovem guarani seja representante de seu povo. E criar projeto dentro da aldeia, a parte de turismo, o plantio, para não necessitar sair. Fazer artesanato e exportar pra outros países. No meu ponto de vista a globalização não é competição, a globalização é compartilhar com a diferença. Por exemplo, conhecer os Estados Unidos não é um jogo de confronto, mas sim um jogo de conhecimento, é ter um vínculo de conhecimento. Exportar cesta do Guarani, colar do Guarani, vai gerando renda pra comunidade, vai gerando emprego, e não precisa sair daqui e ir para a Avenida Paulista, ou Praça da Sé, ou República. Se a gente conseguir a ampliação da nossa área para nove mil ou dez mil hectares, aí dá pra viver tranqüilamente, não vivendo de caritativo nenhum, mas sim o índio oferecendo seu próprio trabalho, e através do trabalho gerar renda pra comunidade. Eu penso isso. Vou batalhar nisso. Em vez de depender do juruá, eu queria parceria.”


Além da ampliação ou reconhecimento de territórios, Timóteo pondera que é preciso buscar outras fontes de recursos junto aos brancos. Num encontro em Portugal, Timóteo arrebatou o público ao entoar um canto que aprendera com seu avô. Após alguns anos, propôs a confecção de um CD com cantos das crianças guarani – o que não foi feito sem a resistência dos mais velhos. A esse CD outros se sucederam e hoje boa parte das aldeias do sul e sudeste tem corais. Tentando preservar sua cultura, os indígenas acabam, de certa forma, aderindo alguns modos do homem branco – visitam diferentes partes do mundo, participam dos complexos e abrangentes meios de comunicação, acompanham modificações na “paisagem”.

“Em 1992, teve convite de Portugal para alguém que fosse representar os Guarani. E na época eu fui representar os Guarani nos 500 anos de resistência. E lá em Portugal eles estavam comemorando os 500 anos de descobrimento da América. Eu estive em Lisboa, e depois me dirigi para Algarves, onde partiram na caravela com Cabral. Lá estavam em torno de 10 mil pessoas participando da festa, estava ministro lá, e eu estava lá. Aí fui e me apresentei. A partir de quando me levantei ali, me lembrei de um canto, um canto que meu avô, que ainda é vivo, pai da minha mãe, ele cantava quando eu tinha cinco, quatro anos. Na hora que eu levantei, peguei o microfone e cantei. E na hora dez mil pessoas, ficou tudo caladinho. Eu estava sozinho ali. Eu no alto subi, cantei. Parece que tudo parou ali. Eu cantei. Aí depois eu falei sobre a minha tradição, de qual etnia eu era. Falei um pouco também em guarani com eles.

Em 1996, quando aconteceu um encontro dos povos indígenas no Ibirapuera, o Intertribol, estavam discutindo como fazer a abertura do evento. Eu fiquei pensando, e me recordei de novo desse canto do meu avô. Eu podia ensinar as crianças. Peguei cinco meninas e mais cinco meninos. Eu pegava o violão e tocava, saiu lindo. Aí gravamos um CD para a abertura do encontro. Mas quando estivemos conversando com os mais velhos, disse: “eu pensei uma coisa diferente para a abertura do evento”. E os mais velhos falaram: “não! O canto das crianças é uma coisa muito relevante, uma coisa sagrada, por que você fez isso?”, me cobrando. Só que, nisso, já veio na minha cabeça que em 1970 até 80, e 80 até 90 mesmo, o Guarani é considerado um Guarani no passado, Guarani é uma lenda, aculturado. Não só juruá, as outras nações indígenas também falavam. Aí eu dizia assim que era importante pelo menos divulgar língua, divulgar o canto das crianças para mostrar que o Guarani está vivo, o Guarani está presente, que o Guarani também é século XXI. Tive essa discussão. Aí os mais velhos começaram
: “acho que tudo bem, acho que ele tem razão”.”

Fonte: http://pib.socioambiental.org/pt/c/no-brasil-atual/narrativas-indigenas/depoimento-popygua

comunidades índigenas - um pouco sobre sua história e lutas

pessoal, eu fiz uma pesquisa para contar um pouco da história indígena, talvez (muito provável) esteja faltando coisas e não esteja muito bem escrito, mas está aí, ok? detalhe, não consegui entrar muito em detalhes com relação a cultura deles e a globalização, mas tem algumas coisas que eu ainda pretendo ler e qualquer coisa adiciono, ok? e outra coisa, há uns vídeos muito interessantes que a TV Escola fez, mas não consigo postar aqui pois eles tem em média 15 minutos cada um...


O Brasil foi “descoberto” pelos europeus há cinco séculos, digo desta maneira, pois o Brasil não era uma terra desabitada, estudos indicam que a ocupação das terras brasileira datam de 11 mil anos atrás (FUNAI). A vinda dos europeus quase dizimou as populações indígenas, fosse pela ação de armas, guerras ou por germes trazidos dos países europeus, isso fez com que uma população que estava na casa dos milhões passa-se aos 460 mil índios que hoje habitam o Brasil (FUNAI).
A colonização feita pelos europeus sobre os índios foi da seguinte maneira: primeiro foram cativados para o trabalho de exploração do pau Brasil em troca de objetos que exerciam fascínio sobre eles; depois veio a escravização e a tentativa de fazê-los trabalhar na lavoura da cana de açúcar; suas terras foram sendo tomadas e os que não se submeteram ao colonizador e não conseguiram fugir Brasil adentro, morreram após lutar pela sua terra e pela liberdade (TV Escola). Os índios que conseguiram sobreviver eram descaracterizados pela catequese feita pelos jesuítas e da própria convivência com o homem branco. Com isso muitos foram perdendo sua identidade cultural substituindo suas crenças e costumes pelos valores dos colonizadores (Portal São Francisco).
Atualmente, órgãos governamentais como a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e a FUNAI (Fundação Nacional dos Índios) que, respectivamente, promovem e protegem a saúde dos povos indígenas e demarcar, assegurar e proteger as terras por eles tradicionalmente ocupadas, estimular o desenvolvimento de estudos e levantamentos sobre os grupos indígenas.
Com a demarcação de terras as comunidades indígenas passam a ter seus direitos reconhecidos pelo governo brasileiro, entretanto a quantidade de terra “oferecida” pela FUNAI torna-se pequena quando é levado em conta as atividades indígenas, como a pesca, a caça e os movimentos entre tribos. Todavia, essa demarcação de terras por muitas vezes fica “apenas no papel”, pois as mesmas são invadidas por garimpeiros, posseiros, madereiros, etc., e a comunidade morta por esses invasores (TV Escola).
Com o aumento da população brasileira, as cidades estão cada vez mais próximas as terras indígenas, isso ocorre com as aldeias Tendondé Porã e Krukutu que ficam no extremo sul de São Paulo. Alguns estudos dizem que a população indígena que vive em ambiente urbano chega 350 mil.(MARKUS, 2008).
Nas cidades os índios encontram dificuldades e desafios, como a discriminação por seu modo de viver. Apesar dessa proximidade com a cidade eles mantêm ao máximo a cultura através da linguagem, de histórias, do artesanato, da dança e do cuidado com a saúde e a natureza (MARKUS, 2008).



Referências:
FUNAI. Disponível em: < http://www.funai.gov.br/>. Acessado em 02/04/2010.
TV Escola – Pluralidade Cultural – Índios no Brasil. Disponível em: < www.dominiopublico.gov.br/ >. Acessado em 02/04/2010.
MARKUS, Cledes. Povos indígenas em espaços urbanos. Editora Oikos, 2008.

sábado, 3 de abril de 2010

Blog UFABCultura

Como vocês já devem ter visto (inclusive a já Bianka mandou até um e-mail sobre isso) nós vamos analisar e discutir sobre o tema do blog UFABCultura, então eu achei interessante postar um pouco sobre ele aqui.

O blog deles está extremamente interessante, levantando muitos temas que eu, sendo aluna da UFABC, sabia que eram debatidos. Opinaram sobre os projetos da UFABC e expôs os projetos de outras faculdades como a UFSCAR e a USP, abordando até mesmo os projetos culturais na educação em outros países. Debateram muito bem sobre como a universidade põe em pratica essa politica e ainda fizeram o link do tema com os problemas que enfrentamos como o atraso das obras da universidade. O blog está realmente muito bom! Uma sugestão seria que falassem um pouco sobre os projetos organizados também na parte esportiva (afinal de contas, esporte também é cultura) e também seria bom um post falando sobre o Circuito Musical da UFABC que é realizado anualmente. Existem ainda muitos projetos sociais que são realizados, outra ideia interessante seria associados a cultura.

Ficamos aguardando mais atualizações ;D

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Relação entre os tópicos abordados em aula e o nosso tema

Durante as aulas, vários temas foram abordados, entre eles podemos citar palavras-chaves como cultura, sociedade, diversidade, desigualdade, subjetividade e identidade cultural. Dessa forma, percebemos que eles se relacionam de forma direta ou indireta com os tópicos propostos pelo nosso blog-projeto, cujo tema central é a influência da globalização nas culturas.

Americanização
A americanização ou stadunização é o processo em que o consumo e em geral o estilo de vida dos países estão se assemelhando ao dos Estados Unidos. Por exemplo, os canais de televisão estadunidenses como a MTV e a CNN são transmitidos globalmente e recebidos por aparelhos domésticos. Em suas programações aparecem comerciais de produtos muito conhecidos como McDonald's, Coca-Cola, Levi's e outros. A indústria cinematográfica de Hollywood é muitas vezes considerada a mais influente do mundo, e através desta e outras formas, outras comunidades são expostas a elementos culturais, ideologias e modos de vida dos Estados Unidos. Por outro lado, o controle das corporações americanas sobre ramos da comunicação de massa não implica a obediência automática dos públicos. Dessa forma, muitos elementos da cultura própria do país é mais valorizado, como os estilos de música, dança e os canais de tv.

Multiculturalismo e diferença
Multiculturalismo (ou pluralismo cultural) é um termo que descreve a existência de muitas culturas numa localidade, cidade ou país, sem que uma delas predomine.A diversidade cultural e étnica muitas vezes é vista como uma ameaça para a identidade da nação. Em alguns lugares o multiculturalismo provoca desprezo e indiferença, como ocorre no Canadá entre habitantes de língua francesa e os de língua inglesa.
Enquanto alguns se opõem, considerando o multiculturalismo uma proposta ingênua e leviana ou um estímulo à fragmentação da vida social, outros o defendem, atribuindo a ele a idéia de estratégia política de integração social. Outros ainda, acreditam que há uma cultura que se julga superior às outras e isso impede que exista de fato uma política multicultural. Em geral, a posição socialmente aceita e pedagogicamente recomendada é de respeito e tolerância para com a diversidade e a diferença.

Stuart Hall
É um Sociólogo jamaicano, cuja área de interesse está muito relacionada com o nosso blog, publicou os livros “A identidade cultural na pós-modernidade” ; “consumo cultural como fator de construção e afirmação identitária”;” conflitos e alianças entre sujeitos e grupos sociais”;” múltiplas performances dos sujeitos e dos grupos”.
Segundo o autor, As três possíveis conseqüências da globalização sobre as identidades nacionais seriam o fato delas estarem se desintegrando, como resultado do crescimento da homogeneização cultural ; as identidades nacionais e outras identidades "locais" ou particulares estão sendo reforçadas pela resistência à globalização; as identidades nacionais estão em declínio, mas novas identidades _ híbridas _ estão tomando seu lugar.

Subjetividade:
Subjetividade é entendida como o espaço de encontro do indivíduo com o mundo social, resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações.

Identidade cultural
A identidade cultural é um sistema de representação das relações entre indivíduos e grupos, que envolve o compartilhamento de patrimônios comuns como a língua, a religião, as artes, o trabalho, os esportes, as festas, entre outros. A discussão sobre a identidade cultural acaba influenciada por questões sobre: lugar, gênero, raça, história, nacionalidade, orientação sexual, crença religiosa e etnia.
É um processo dinâmico, de construção continuada, que se alimenta de várias fontes no tempo e no espaço. Como conseqüência do processo de globalização, as identidades culturais não apresentam hoje contornos nítidos e estão inseridas numa dinâmica cultural fluida e móvel.

Sociedade
Uma sociedade é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.


Bom, é isso! O texto na íntegra foi mandado em anexo para o e-mail de vocês!

vídeos da aldeia tenonde pora

pessoal, esse é um vídeos feito por alunos do Senac e esta dividido em duas partes.

parte 1


parte 2

visita a aldeia tenonde porã

fui a aldeia e conversei com eles.
o representante da aldeia disse que precisamos de uma autorização da univerdade, sendo que a mesma deve conter telefone , e-mail e assinatura dos respresentantes da UFABC, sobre o que fala o nosso trabalho e tambem uma autorização pelos direitos de imagem. O representante pareceu um tanto preocupado com relação a esta ultima autorização, pelo o que eu li na internet, a mídia ia na aldeia e qnd publicava distorcia o foco da entrevista, acredito que esta é a preocupação dele. mas, devemos tranquiliza-lo em relação a isto.
ele passou telefone e e-mail para podermos nos comunicar, a visita por pessoa é R$15,00 e ainda há artesanato que eles vendem.
Com relação a "viagem" para a aldeia. Eu e meu pai demoramos cerca de uma hora de carro da minha casa até a aldeia, mas acreditamos que esse trajeto dê para ser feito em menos tempo, pq tinha mt transito. Meu pai pode nos levar até a aldeia nso dias: 10/04 (mas, como ele tem uma pescaria em alto mar poderiamos ficar só até as 14:30), 17/04 e 18/04. também tem como ir de onibus, mas aconselho que tenham BILHETE ÚNICO em mãos, caso contrario essa "viagem" saira bem cara, entao de onibus iriamos ate a estação jabaquara e de lá pegariamos o term. parelheiros e depois o barragem (o numero do onibus é 6L05), mas eu nao reparei se tem ponto de onibus proximo a estrada da aldeia, de qualquer forma pediriamos educadamente ao motorista para nos deixar em frente a estrada de terra, da estrada de terra temos de andar 1Km (nao é tanto) e assim chegamos lá. Nao tenho a menor ideia de qnt tempo demorariamos de onibus, mas com certeza menos de 2hs nao seria.
enfim, decidam um dia porque nos precisamos pedir a autorização para UFABC, e decidam o mais breve possivel pq ainda precisaremos mandar a papelada para a aldeia, ok?
mais tarde postarei uns vídeos sobre a aldeia, blz?
att,
camila